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Carro Elétrico Chinês de $4.500 Dólares é o mais Vendido no Mundo até Agora em 2021

O sedã “Model 3” da Tesla foi o carro elétrico mais vendido do mundo em 2020. Mas um rival Chinês menor está ganhando terreno rapidamente e se tornando o carro elétrico (EV) mais vendido do mundo.

O carro em questão é o Mini EV, fabricado pela Saic-GM-Wuling da China. Ele é um minúsculo hatchback de duas portas que acomoda apenas quatro pessoas…e superou o Teslas Model 3 em vendas globais no mês de janeiro de 2021.

SAIC-GM-Wuling Mini EV
Fonte: SAIC-GM-Wuling

O Wuling Mini EV vendeu mais de 36.700 dos carros elétricos populares em janeiro, em comparação com pouco mais de 21.500 vendas do Modelo 3 no mesmo mês, de acordo com esse rastreador do volume de vendas de veículos elétricos EV.

O Mini EV da Saic-GM-Wuling é vendido atualmente apenas na China, mas a empresa espera eventualmente expandir as vendas no exterior. A Wuling ainda não anunciou quais seriam os próximos países a terem o Mini EV disponível para compra, embora algumas das montadoras elétricas da China estejam procurando expandir no mercado europeu, uma vez que é um mercado mais acostumado a carros pequenos, ao contrário do Americano, onde dão preferência a carros grandes, SUVs, picapes.

O carro estreou na China em julho de 2020 e é fabricado em uma joint venture entre a Wuling, a montadora estatal chinesa SAIC Motor e a General Motors.

Uma razão para a popularidade do HongGuang Mini EV entre os consumidores chineses é o preço extremamente baixo do carro. O preço do carro começa em $4.500,00 dólares.

O porta-malas elétrico de Wuling acomoda apenas quatro passageiros e não oferece espaço no porta-malas, embora os assentos traseiros possam ser dobrados para criar espaço de armazenamento.

SAIC-GM-Wuling Mini EV Interior
Fonte: SAIC-GM-Wuling

O Mini EV da Saic-GM-Wuling é voltado para motoristas de cidade que não precisam dirigir longas distâncias e querem um carro pequeno fácil de estacionar. Além disso, ele pode ser altamente customizado de acordo com as preferências do consumidor. A customização inclui cores externa, interior, e até desenhos pelo carro, como do Pokémon por exemplo.

A bateria do carro permite que os motoristas viajem até 105,6 milhas (cerca de 170 km) com uma única carga, enquanto alcançam uma velocidade máxima de pouco mais de 62 MPH (cerca de 100 km/h).

Para ter uma ideia de comparação, o sedã EV Lucid Air a ser lançado em breve e a próxima versão do Model S “Plaid” da Tesla têm alcance de mais de 500 milhas (mais de 800 km) com uma carga única da bateria.

Por que a supremacia em produção e vendas de carros elétricos é importante?

O futuro da indústria automobilística é elétrico. O sucesso da Tesla, as mudanças climáticas, e a procura por independência energética (China é um grande importador de petróleo), estão levando o mundo a substituir gradualmente a frota de ICEs “internal combustion engine” (veículos de combustão interna), por EVs (veículos elétricos).

Sendo assim, o país que sair na frente no desenvolvimento e produção de carro elétricos, terá uma grande vantagem competitiva nesse que será um dos maiores mercados do mundo. E essa guerra hoje está sendo travada principalmente pelos Estados Unidos com a Tesla e a China, com suas muitas empresas nacionais produtoras de veículos elétricos.

E como a tecnologia de produção de EVs pode ser extrapolada para a tecnologia de baterias mais duradouras, isso facilitará a transição para a produção e armazenamento de energias limpas, além de diminuir a dependência da importação de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) e da flutuação de preços dos mesmos.

Por exemplo, na China hoje há uma obrigação das empresas automobilísticas de que um certo percentual de suas vendas seja composto de carros elétricos. O objetivo Chinês é de que até 2030, 40% da frota seja elétrica. Para tal, existem subsídios do governo para incentivar o público a comprar carros elétricos, assim como na Noruega, o país com maior penetração de carros elétricos no mundo.

Hoje, 9% de todos os carros vendidos na China são elétricos. Enquanto isso, no Brasil, apenas 0,2% dos carros vendidos em 2020 foram elétricos.

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