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Padronizar para Dominar: a Importância Geopolítica do Estabelecimento de Padrões Mundiais em Tecnologia e Outras Áreas

  • Os padrões digitais são como regras que guiam a criação tecnológica e moldam dinâmicas geopolíticas;
  • A competição entre potências globais pelo controle dos padrões digitais transcende a tecnologia, tornando-se uma estratégia onde nações buscam ditar normas para impulsionar suas indústrias;
  • Os países que ditam os padrões digitais, ou outros padrões, detêm um maior poder de barganha e influência sobre outros países.

Na era da revolução digital, onde a tecnologia desempenha um papel central em todos os aspectos da sociedade, a questão dos padrões digitais emerge como um elemento geopolítico crucial.

A importância geopolítica do estabelecimento de padrões mundiais destaca não apenas sua relevância no campo tecnológico, mas também sua influência em diversas outras áreas, desde comércio e saúde até segurança nacional e direitos humanos, fazendo disso um fato a ser analisado a partir de uma visão abrangente do papel geopolítico desempenhado pelos padrões digitais na configuração do mundo digital contemporâneo. 

O que são padrões digitais e como eles são estabelecidos? 

Os padrões digitais são como regras que ajudam na criação de tecnologias. Eles garantem que diferentes dispositivos e softwares possam trabalhar juntos da melhor forma. Essas são algumas razões do porquê esses padrões são tão importantes:

  • Cooperação: Padrões digitais facilitam que diferentes tecnologias trabalhem juntas. Isso é importante para que nossos dispositivos e aplicativos possam funcionar. Graças a padrões como HTML5, CSS e JavaScript, por exemplo, desenvolvedores podem criar aplicativos que funcionam em múltiplas plataformas, como iOS e Android, permitindo aos usuários utilizar os mesmos aplicativos em diferentes dispositivos.
  • Qualidade: Seguir padrões faz com que as tecnologias sejam mais confiáveis e consistentes. Isso significa menos erros e produtos melhores. Um exemplo é o padrão de codificação de áudio e vídeo conhecido como MPEG-4. Ao seguir esse padrão, os produtos de mídia digital, como reprodutores de DVD e softwares de edição de vídeo, garantem uma experiência consistente e confiável para os usuários, independentemente do dispositivo ou software utilizado.
  • Inovação: Padrões fornecem uma base para a inovação. Eles ajudam os desenvolvedores a criar coisas novas, em vez de gastar tempo resolvendo problemas. Um exemplo é o desenvolvimento de tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) é impulsionado pelo uso de padrões abertos, como o OpenXR. Esse padrão fornece uma base comum para o desenvolvimento de aplicativos AR/VR, permitindo que os desenvolvedores criem experiências imersivas inovadoras sem se preocupar com a compatibilidade entre diferentes dispositivos e plataformas.
  • Economia de Recursos: Seguir padrões ajuda empresas a economizar tempo e dinheiro, já que não precisam criar variadas soluções frequentemente. Isso torna tudo mais eficiente. Um exemplo prático são empresas que adotam padrões de gerenciamento de documentos, como o formato PDF (Portable Document Format), podem economizar tempo e recursos ao evitar a necessidade de converter documentos entre diferentes formatos. Isso resulta em uma maior eficiência operacional e redução de custos associados à manutenção de múltiplos sistemas de gerenciamento de documentos.
  • Segurança: Padrões digitais frequentemente incluem regras para manter sistemas seguros contra ameaças online. Eles também cuidam da privacidade do usuário. Como exemplo, o padrão de segurança TLS (Transport Layer Security) é fundamental para proteger as comunicações online, garantindo a privacidade e a integridade dos dados transmitidos pela Internet. Ao seguir as especificações do TLS, os desenvolvedores podem implementar criptografia forte e proteção contra ataques cibernéticos, mantendo os sistemas e dados dos usuários seguros.
  • Adaptação a Mudanças: Tecnologias baseadas em padrões são mais fáceis de mudar conforme as necessidades mudam. Elas conseguem lidar bem com mais dados, usuários ou dispositivos. A tecnologia de contêineres, baseada em padrões como Docker e Kubernetes, permite que as organizações implantem e gerenciem aplicativos de forma flexível e escalável.  São como caixas especiais onde você pode colocar um aplicativo e todas as suas coisas necessárias para funcionar. Essas caixas podem ser facilmente movidas de um lugar para outro, como de um computador para a nuvem. Isso ajuda as empresas a serem mais flexíveis, porque podem colocar seus aplicativos onde são mais necessários e fazê-los funcionar melhor quando mais pessoas os estão usando.
  • Fácil Aceitação: Padrões amplamente aceitos pela indústria e comunidade tornam mais fácil para todos adotarem novas tecnologias. O protocolo de comunicação TCP/IP, por exemplo, é um exemplo de um padrão amplamente aceito que facilita a adoção de tecnologias de rede em todo o mundo. Graças a esse padrão, dispositivos de rede de diferentes fabricantes podem se comunicar entre si de maneira eficiente, facilitando a expansão e interconexão da infraestrutura de Internet em escala global.
  • Competição Global: Em um mundo globalizado, seguir padrões ajuda na participação em diferentes mercados ao redor do mundo. Produtos e serviços que seguem padrões são mais aceitos em diferentes regiões. O uso de padrões de codificação de vídeo, como H.264 e H.265, permite que as empresas de streaming de vídeo ofereçam conteúdo de alta qualidade em diferentes regiões do mundo. Ao seguir esses padrões, as empresas podem alcançar um público global sem a necessidade de adaptar seu conteúdo para diferentes formatos de vídeo, tornando-as mais competitivas no mercado global de mídia digital.

Como os padrões digitais mundiais são estabelecidos:

  • Colaboração Internacional: Padrões globais não surgem de forma isolada. Eles são moldados por uma colaboração internacional, envolvendo especialistas, organizações e até mesmo governos de diferentes países.
  • Organizações de Padronização: Muitos padrões são desenvolvidos por organizações especializadas, como a ISO (Organização Internacional de Normalização) e a IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), que reúnem profissionais de todo o mundo.
  • Setores Específicos: Em tecnologia, consórcios e organizações dedicadas a áreas específicas, como o 3GPP para telecomunicações, desempenham um papel crucial na formulação de padrões.
  • Discussões Técnicas: O estabelecimento de padrões envolve discussões técnicas detalhadas de epecialistas que buscam garantir que os padrões sejam robustos e relevantes.
  • Iteração e Consenso: O processo muitas vezes passa por várias iterações, refinando os padrões à medida que são testados e revisados. O consenso é fundamental para garantir aceitação global.
  • Implementação Gradual: Uma vez estabelecidos, os padrões são gradualmente implementados por empresas e organizações em todo o mundo, criando uma base comum para produtos e serviços.

Em resumo, padrões digitais são como regras que ajudam na criação de tecnologias melhores, mais seguras e eficientes. Eles são fundamentais para impulsionar a inovação e melhorar o progresso digital em várias áreas.

A crescente influência da China nos padrões digitais internacionais

Em meio as constantes mudanças da revolução digital, a China se mostra como um ator proeminente, não apenas na produção de tecnologia, mas também na definição dos padrões digitais. 

Essa influência se manifesta em Organizações Internacionais que moldam padrões, como a União Internacional de Telecomunicações (ITU) e o 3rd Generation Partnership Project (3GPP). Nestes fóruns, a participação ativa de empresas chinesas, como a Huawei, tem sido notável. A presença chinesa é estratégica e levanta questionamentos sobre como isso pode impactar o mercado da tecnologia, frente a competição com os Estados Unidos e a União Europeia.

Um exemplo disso foi a corrida pelo domínio na implementação da tecnologia 5G. Este “momento geopolítico” na transição digital destaca não apenas a competição tecnológica, mas também a batalha pela influência normativa, assim como a União Europeia tem a capacidade de difundir Marcos Regulatórios pelo mundo.

A atuação da China na definição de padrões para reconhecimento facial e tecnologias de vigilância também está em foco. Sua liderança em organismos como a International Electrotechnical Commission (IEC) levanta preocupações sobre o equilíbrio entre inovação tecnológica e direitos individuais.

Isso porque o governo de Pequim tem sido criticado por controle estatal e vigilância, falta de transparência e potencial uso indevido dos dados.  

Padronização Digital como Poder de Barganha e Estratégia “Carrot and Stick” nas Relações Geopolíticas

A intensa competição entre potências globais como Estados Unidos, China e União Europeia, pelo controle dos padrões digitais, transcende o campo tecnológico, influenciando as dinâmicas geopolíticas em um mundo onde a padronização representa poder.

A corrida para estabelecer padrões não se limita à tecnologia; tornou-se uma estratégia influente onde as nações percebem que ditar esses padrões não apenas impulsiona suas indústrias, mas deixa uma marca duradoura no cenário mundial.

Nesse contexto, o conceito de Soft Power, a capacidade sutil que países podem ter de influenciar outros países ou regiões sem recorrer a forças militares ou econômicas diretas, entra em ação. Quem define os padrões detém o benefício de guiar a inovação tecnológica e influenciar as relações geopolíticas em favor de suas visões e interesses.

Como citado, a China está emergindo como uma potência nessa disputa, não apenas dominando tecnologicamente, mas buscando estabelecer uma voz global de impacto. 

Essa busca representa um confronto crucial em termos de influência global, desafiando o papel central que os Estados Unidos desempenharam historicamente na definição de padrões tecnológicos, conferindo-lhes vantagens comerciais e uma posição destacada na geopolítica global.

A União Europeia, por sua vez, adota uma abordagem centrada no consumidor e na proteção de dados, alinhando seus padrões com seus valores fundamentais. Para a UE, que já domina os padrões de marcos regulatórios, essa competição transcende o âmbito comercial, sendo uma iniciativa para moldar um futuro digital que reflita suas prioridades e preocupações.

Como exemplo, essas são algumas formas de como o “Carrot and Stick” pode ser utilizado nas relações geopolíticas:

  • Acesso ao Mercado Global:
    • Carrot: Países podem oferecer acesso preferencial aos mercados dominantes em troca da adoção dos padrões digitais estabelecidos.
    • Stick: Esses países também podem impor barreiras comerciais ou restrições de acesso se as normas não forem seguidas, limitando o comércio e o desenvolvimento econômico.
  • Assistência Técnica e Financeira:
    • Carrot: Países podem proporcionar assistência técnica e financeira para a implementação dos padrões, incluindo treinamento, financiamento de infraestrutura e capacitação.
    • Stick: Esses mesmos países podem suspender os benefícios em caso de não conformidade, prejudicando os esforços de desenvolvimento e modernização.
  • Investimento Estrangeiro Direto (IED):
    • Carrot: Países podem oferecer condições favoráveis para o investimento estrangeiro direto como recompensa pela adoção dos padrões.
    • Stick: Da mesma forma, países também podem dissuadir investidores pela falta de conformidade, prejudicando o influxo de IED e o desenvolvimento econômico.
  • Cooperação em Projetos Globais:
    • Carrot: Com o uso dos padrões, países podem ser incluídos em projetos globais significativos, promovendo a cooperação internacional e o reconhecimento global.
    • Stick: Em contrapartida, países não padronizados podem ser excluídos da cooperação internacional, limitando sua participação e os benefícios associados.
  • Capacitação Tecnológica:
    • Carrot: Países com tecnologia de ponta podem transferir essa tecnologia e conhecimento avançado para nações que seguem os padrões, acelerando seu desenvolvimento tecnológico.
    • Stick: Da mesma forma, podem restringir o acesso a tecnologias avançadas para não conformes, prejudicando o progresso tecnológico.
  • Acesso a Recursos e Colaboração em Pesquisa:
    • Carrot: Países podem facilitar o acesso a recursos naturais e colaboração em pesquisas como incentivo à conformidade.
    • Stick: Em contrapartida, esses países também podem restringir o acesso a recursos e colaboração para aqueles que não aderem aos padrões, prejudicando setores-chave.
  • Capacitação em Segurança Cibernética e Proteção de Dados:
    • Carrot: Países com alta tecnologia podem oferecer treinamento e apoio em segurança cibernética para países que seguem os padrões.
    • Stick: A falta de padronização de alguns países também pode resultar em vulnerabilidades crescentes, com riscos de ataques cibernéticos e perda de dados.
  • Reconhecimento Internacional e Participação em Organizações:
    • Carrot: A padronização pode conceder reconhecimento internacional e participação em organizações globais como benefícios para países conformes.
    • Stick: Ou a falta da padronização pode isolar países diplomaticamente e excluir de organizações internacionais aqueles que não aderem aos padrões.

8 Outras áreas que podem ser afetadas pelo estabelecimento de Padrões Mundiais

O estabelecimento de padrões mundiais não se limita apenas à tecnologia, sendo uma estratégia crucial em diversas outras áreas. Aqui estão alguns exemplos em que a padronização desempenha um papel importante do ponto de vista geopolítico:

1. Comércio e Economia: Padrões relacionados a normas comerciais, qualidade de produtos e processos de fabricação impactam diretamente o comércio internacional. Países que influenciam essas normas podem exercer poder considerável sobre cadeias de suprimentos globais.  Um exemplo é o padrão ISO 9000, que estabelece critérios para sistemas de gestão da qualidade em organizações de todos os setores e tamanhos. A certificação ISO 9000 indica que uma empresa segue padrões rigorosos de qualidade em seus processos de fabricação e gestão, garantindo a consistência e confiabilidade de seus produtos.

2. Saúde e Bem-Estar: Normas na indústria farmacêutica, práticas médicas, regulamentações de alimentos e segurança alimentar são áreas onde os padrões podem afetar a saúde global. Países que ditam essas normas podem influenciar a aceitação de seus produtos e práticas. Um exemplo global é o papel da Organização Mundial da Saúde (OMS) na definição de padrões e diretrizes para práticas médicas e regulamentações de saúde pública. A OMS estabelece padrões internacionais para o controle de doenças, vacinação, segurança alimentar e outras questões de saúde global.

3. Meio Ambiente e Sustentabilidade: Padrões relacionados a emissões, eficiência energética, gestão de resíduos e práticas sustentáveis têm implicações significativas para o meio ambiente. Países que lideram na definição dessas normas podem moldar a agenda global de sustentabilidade.  O Protocolo de Quioto é um exemplo de um padrão internacional que estabelece metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Países que aderem a essas normas contribuem para esforços globais de mitigação das mudanças climáticas e influenciam a agenda global de sustentabilidade.

4. Educação e Qualificações Profissionais: Um exemplo adicional é o sistema de Reconhecimento Acadêmico Mútuo da União Europeia (EUROPASS), que estabelece padrões para o reconhecimento de qualificações acadêmicas e profissionais entre os países membros da UE. Esse sistema facilita a mobilidade dos estudantes e profissionais entre os países da UE, garantindo que suas qualificações sejam reconhecidas e aceitas em toda a União Europeia.

5. Normas Jurídicas e Direitos Humanos: No campo legal e dos direitos humanos, padrões relacionados a justiça, proteção dos direitos individuais e normas éticas podem ser estabelecidos internacionalmente. Países que desempenham um papel ativo nessas áreas moldam a percepção global de justiça e direitos. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um exemplo de um padrão internacional que estabelece princípios básicos de justiça e direitos humanos. Países que adotam e promovem esses padrões influenciam a percepção global de direitos individuais e responsabilidade governamental.

6. Telecomunicações e Infraestrutura: Normas em telecomunicações, redes de comunicação e infraestrutura são críticas para a conectividade global. Países ou empresas que lideram na definição desses padrões podem exercer influência sobre a expansão da infraestrutura digital em nível mundial. O padrão GSM (Sistema Global para Comunicações Móveis) é amplamente adotado em telefonia móvel em todo o mundo. Países e empresas que contribuíram para o desenvolvimento e adoção desse padrão exercem influência sobre a expansão da infraestrutura de comunicação móvel globalmente.

7. Transporte e Logística: Normas em transporte, logística e regulamentações de segurança têm implicações para o comércio global e a movimentação de bens. Países que influenciam essas normas podem determinar as condições do transporte internacional. A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) estabelece padrões para segurança e regulamentação da aviação civil internacional. Países que seguem esses padrões contribuem para a segurança e eficiência do transporte aéreo global.

8. Cibersegurança e Segurança da Informação: Padrões relacionados à segurança cibernética, proteção de dados e práticas de segurança da informação são cruciais na era digital. Países que estabelecem normas nesse campo podem influenciar a segurança global na esfera digital.  O padrão PCI DSS (Padrão de Segurança de Dados para a Indústria de Cartões de Pagamento) define requisitos para proteger informações de cartões de pagamento contra roubo e fraude. Empresas que aderem a esse padrão contribuem para a segurança global de transações financeiras online.

Essas áreas representam apenas uma amostra das muitas em que a padronização desempenha um papel fundamental, destacando a diversidade de setores nos quais os padrões podem ser empregados como ferramentas geopolíticas.

Porque o domínio da padronização digital é importante para a geopolítica? 

Além do poder de barganha e da influência sobre outros países, a padronização em geral tem várias outras consequências geopolíticas significativas. Países ou blocos que estabelecem padrões digitais podem fortalecer sua posição no cenário global, assegurando uma vantagem competitiva em setores-chave, como inteligência artificial, 5G, cibersegurança, entre outros.

Esse controle também proporciona vantagens econômicas significativas para as empresas locais, já que elas não precisam investir recursos financeiros na adaptação às novas padronizações, ao contrário das empresas estrangeiras que podem enfrentar custos adicionais para se adequar ou até mesmo ter que importar tecnologia para cumprir com os requisitos dos padrões estabelecidos.

Por outro lado, a falta de consenso na padronização pode levar a uma divisão digital, onde diferentes regiões adotam normas incompatíveis, criando barreiras comerciais e dificultando a interoperabilidade global.

Além disso, países que lideram na definição de padrões têm maior influência sobre a direção da inovação tecnológica global e da economia como um todo, impulsionando o desenvolvimento econômico e influenciando áreas como ética digital, privacidade e segurança.

A padronização digital também pode impactar o controle de informações e vigilância globalmente, levantando questões sobre privacidade e governança de dados. Refletindo valores e normas culturais, os padrões digitais podem ser uma ferramenta para exportar perspectivas culturais e influenciar a forma como a tecnologia é utilizada em diferentes partes do mundo.

A segurança nacional e cibersegurança também são áreas onde padrões digitais desempenham um papel crucial, conferindo vantagens em termos de proteção contra ameaças cibernéticas e garantia da integridade de sistemas sensíveis como os governamentais.

Por fim, essas consequências destacam a complexidade e a amplitude do impacto geopolítico associado à padronização digital, indo muito além das considerações puramente tecnológicas.

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