A “Ambiguidade Estratégica” é uma política dos Estados Unidos na qual não há uma tomada de partido clara em um potencial conflito entre China e Taiwan.
O relacionamento entre Estados Unidos e Taiwan volta à Segunda Guerra Mundial, principalmente nas políticas pós-Guerra dos EUA. Desde 1980 com o reconhecimento da República Popular da China, há a aplicação de escolhas ambíguas com relação a defesa de Taiwan.
China e Taiwan também possuem essa lógica da incerteza, já que a China vêm aumentando as forças militares na região e, consequentemente aumentando a tensão, mas não o suficiente para que Taiwan declare independência, por mais que ameace isso. Porém o Ministro da Defesa de Taiwan diz que até 2025 há grandes possibilidades de uma invasão, já que as forças chinesas estão ganhando força.
O que é a Ambiguidade Estratégica dos EUA em relação a Taiwan e como isso afeta a possibilidade da China tentar invadir a ilha e dos EUA em defendê-la
É nesse cenário que as declarações de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Outubro de 2021 possuem um impacto que pode mudar as relações atuais. Ele declarou que o compromisso dos EUA com Taiwan é “sólido como uma rocha”.
Ao mesmo tempo, o Secretário de Estado americano, Antony Blinken, fez declarações sobre como Taiwan deveria ter um lugar próprio na ONU para defender seus interesses.
Porém, meras declarações não significam ações concretas de apoio ou promessa de segurança.
Desde o governo de Donald Trump essa “ambiguidade estratégica” vem diminuindo, fortalecendo os laços diplomáticos com Taiwan dando mais apoio militar (seja com armas ou com treinamento), o que quebra com a “one-China policy” (política da uma-China).
Especialistas dizem que essa mudança, que se mantém de certa forma no governo Biden, é um meio de afirmação de poder militar e político dos EUA em resposta à China. Porém, observam que é uma jogada perigosa, já que a China vem crescendo seu poder militar e econômico no cenário internacional.
Essa política de ambiguidade se dá porque existem muitas implicações com a tomada ou a não-tomada de decisões, por se tratar das duas maiores potências econômicas e militares atuais. Se os EUA declaram defesa incondicional a Taiwan, haveria uma situação muito similar a Guerra Fria com a China. Se eles abandonam e ignoram a tensão da Ásia, a China invade.
O maior problema de uma invasão chinesa para o poder estadunidense é, além de um crescimento para hegemonia asiática, uma perda de credibilidade na luta democrática que os Estados Unidos travam no mundo. Por isso o mesmo continua vendendo bilhões de dólares em armamentos para Taiwan sem ao mesmo tempo declarar abertamente apoio militar ao mesmo.
O Fator “Microchip” na disputa geopolítica entre os Estados Unidos e a China
A grande vantagem e segurança de Taiwan, que segura tanto os EUA quanto a China, é sua produção de microchips semicondutores.
Sua empresa Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) possui cerca de 53% do fornecimento mundial de semicondutores. O Ministro das Relações Econômicas de Taiwan, Wang Mei-hua, disse: “A comunidade global deve levar a segurança de Taiwan mais a sério para que Taiwan possa continuar a prestar um serviço estável a todos e ser um parceiro muito bom para todos.”.
Taiwan diz possuir um investimento de 100 bilhões de dólares em 2020 para aumentar seu fornecimento para 60% no Mercado mundial, podendo ajudar a economia a se recuperar da instabilidade pós-COVID.
O poder econômico de Taiwan sobre a produção de chips garante essa ambiguidade de segurança pelos Estados Unidos. Isso porque as empresas americanas, da automobilista a de aviação, geração de energia a empresas de tecnologia, e inclusive todo o setor militar-industrial de defesa possui uma grande dependência dos microchips produzidos em Taiwan.
Sendo assim, para os Estados Unidos, a produção e distribuição de semicondutores é uma questão de segurança nacional. Inclusive, os últimos tempos há um esforço para independência de produção interna de semicondutores pelos EUA, mas ainda não há um sistema produtivo tão eficiente quanto o atual de Taiwan.
Do outro lado, para a China, isso se torna um atrativo para a invasão. Com o desenvolvimento industrial chinês, ao tomar para si os 53% de fornecimento mundial de Taiwan, ela se tornaria a nação hegemônica da Ásia e provavelmente do mundo economicamente. Exatamente por isso, também, que os Estados Unidos garantem certa segurança para Taiwan, já que podem perder o posto de maior economia mundial e como mencionado acima, fácil acesso a microchips/semicondutores é uma questão de segurança nacional para os EUA.
Aqui há a construção de uma área cinzenta nessa relação triangular entre China-Taiwan-EUA, com uma paz fragilizada e um grande jogo de interesses dos três lados. A ambiguidade estratégica estadunidense é uma forma de driblar qualquer consequência maior nesse conflito, seja a perda de um aliado econômico quanto uma guerra.
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