A China se juntou à Rússia como um perigo explícito para os aliados ocidentais após uma cúpula da Otan em Bruxelas na segunda-feira (14 de junho de 2021).
Os 30 líderes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) – a mais poderosa aliança militar da história – declararam em um comunicado conjunto que as ambições e o comportamento assertivo da China apresentam desafios sistêmicos à ordem internacional baseada em regras e às regiões relevantes para a segurança da aliança.
Segundo os líderes da aliança, a China está expandindo rapidamente seu arsenal nuclear com mais ogivas e um número maior de sistemas sofisticados de lançamento. Ela também está cooperando militarmente com a Rússia – o adversário original da Otan, inclusive por meio da participação em exercícios militares russos na área euro-atlântica.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, destacou esse novo posicionamento da alinça em relação à China em uma coletiva de imprensa após a cúpula.
“A primeira vez que mencionamos a China em um comunicado e um documento em uma decisão dos líderes da Otan foi há 18 meses”, observou ele, quando a Otan falou sobre “oportunidades e desafios” ligados à China em 2019.
“A China não é um adversário”, observou Stoltenberg.
Mas ele também expandiu a lista de atividades ameaçadoras por parte da China.
“Eles [os chineses] já têm o….segundo maior orçamento de defesa do mundo, já têm a maior marinha, e estão investindo pesadamente em novas capacidades modernas, inclusive investindo em novas tecnologias “disruptivas,” como sistemas autônomos, reconhecimento facial e inteligência artificial, e as estão colocando em diferentes sistemas de armas”, disse o SecGen.
“Eles estão realmente no processo de mudar a natureza da guerra,” disse Stoltenberg.
Ele rejeitou a ideia de que a Otan, cuja principal tarefa era defender a região do Atlântico Norte, estava ultrapassando os limites do tratado original.
“Para responder aos desafios que vemos que a China representa para a nossa segurança, não se trata de mover a Otan para a Ásia….porque vemos que a China está se aproximando de nós”, disse ele.
“Vemos a China se aproximando de nós no espaço cibernético, controlando infraestruturas na África e no Ártico, e treinando junto com a Rússia nas águas do Atlântico Norte”, acrescentou.
O pivô da Otan em relação à China não significava que ela abandonou a preocupação com a Rússia, cujas atividades agressivas, desde a guerra na Ucrânia até explodir armazéns de munição na República Tcheca, ainda dominavam o comunicado, no entanto.
“Até que a Rússia demonstre conformidade com o direito internacional e suas obrigações e responsabilidades internacionais, não pode haver retorno à vida como ela era antes,” disse o comunicado.
A China foi nomeada 10 vezes e a Rússia 62 vezes no comunicado conjunto da Otan.
Dissidência de Macron e Merkel quanto ao comunicado da Otan
Enquanto isso, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel também expressaram um tom mais amigável à China.
“A Otan é uma organização militar, a questão de nossa relação com a China não é apenas uma questão militar. É econômica. É estratégica. É sobre valores. É tecnológica”, disse Macron à imprensa após a cúpula.
A China é uma “grande potência com a qual estamos trabalhando em questões globais para avançarmos juntos”, bem como um “concorrente”, observou ele.
“É muito importante que não…influenciem nosso relacionamento com a China”, disse ele.
“A China não está no Atlântico Norte”, acrescentou Macron, indo contra a linha de Stoltenberg.
“A Rússia, acima de tudo, é um grande desafio”, disse Merkel também, enquanto observava que o comunicado da Otan refletia o fato de os EUA serem uma potência do Oceano Pacífico e do Atlântico.
“Se você olhar para as ameaças cibernéticas, as ameaças híbridas, se você olhar para a cooperação entre a Rússia e a China, então você não pode simplesmente ignorar a China… [mas] não acho que devemos superestimar a importância disso [ameaça Chinesa] “, acrescentou ela.
Otan volta ao normal depois dos tempos de Trump
Essa última cúpula da Otan em Junho de 2021 sinalizou um retorno ao normal depois de quatro anos em que o ex-presidente dos EUA Donald Trump questionou o valor da Otan e insultou Macron, Merkel e outros, enquanto se aproximava de Putin.
O pacto de defesa mútua da Otan está “sólido como uma rocha” e é uma “obrigação sagrada” para os EUA, disse Biden.
“Quero que toda a Europa saiba que…a Otan é extremamente importante para nós”, acrescentou.
“Com Joe Biden…há uma compreensão clara da necessidade da Otan”, disse o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.
“Pude trabalhar com Trump. Claro, foi um pouco mais estranho…mas com Joe Biden, é mais natural novamente”, acrescentou.
Enquanto isso, Biden revelou pouco sobre o que poderia dizer a Putin.
Mas ele parecia mais dovish do que hawkish, excluindo a ideia de um plano de ação de adesão à Otan para a Ucrânia, sob o fundamento de que “eles [a Ucrânia] ainda têm que limpar a corrupção”.
Ele também disse que Putin era um adversário “brilhante” e “duro”.
“Vou deixar claro para o presidente Putin que existem áreas em que podemos cooperar, se ele quiser”, disse Biden.
O Ocidente precisava de um “diálogo robusto” com a Rússia para “construir uma estrutura de segurança para o continente europeu”, disse Macron.
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