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Como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Brasil se Assemelha a Outros Projetos de Infraestrutura Globais

Anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil lança o “Novo PAC” (Programa de Aceleração do Crescimento). Uma nova versão de seu plano governamental voltado para impulsionar o desenvolvimento econômico e a infraestrutura do país, assim como fazem outros países do mundo.

À medida que os governos buscam fortalecer suas infraestruturas para enfrentar os desafios do século XXI como crescimento e sustentabilidade, é válido destacar como o “Novo PAC” se entrelaça com tendências globais, compartilhando objetivos, desafios e perspectivas que transcendem fronteiras nacionais.

O que é no “Novo PAC” do Governo Brasileiro de Lula

O “Novo PAC” surge como uma nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um plano governamental do Brasil, que foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 11 de Agosto de 2023. Esta iniciativa tem como o objetivo principal, estimular o crescimento econômico do país, através de investimentos direcionados para áreas como infraestrutura, habitação e sustentabilidade com um orçamento de 1,7 trilhão.

Dando um passo atrás, o PAC, lançado durante o primeiro mandato presidencial de Lula em 2007, incorporava uma vasta gama de projetos focados na infraestrutura. 

O PAC original tinha a finalidade de estimular a economia mediante grandes investimentos públicos em campos que incluíam transportes, energia, habitação, saneamento básico, saúde, educação e outros setores-chave. 

Seu objetivo não era apenas impulsionar o crescimento econômico, mas também melhorar a qualidade de vida da população ao prover serviços essenciais e infraestrutura adequada.

O programa era dividido em vários eixos temáticos, cada qual orientado a um setor específico da economia e da sociedade. Tais eixos envolviam projetos que abrangiam desde a construção de vias rodoviárias, ferrovias, portos e aeroportos até habitações populares, empreendimentos de saneamento, bem como investimentos em energia.

Ao longo do tempo, Lula não escapou de críticas em relação à execução e eficácia dessas iniciativas, com questionamentos que variaram desde atrasos, estouro de orçamentos, corrupção, até a falta transparência em determinados setores.

Apesar das promessas do PAC original, ele se deparou com uma série de desafios e críticas notáveis, destacando-se os seguintes aspectos:

Mesmo com esses desafios e críticas, o PAC desempenhou um papel importante no cenário do desenvolvimento econômico e social do Brasil, promovendo investimentos e transformações em diversas áreas.

Quais são os principais investimentos do Novo PAC e como se dividem (foco na sustentabilidade)

Os projetos foram categorizados em nove grandes áreas, e também por estado, cada uma delas com suas subdivisões correspondentes:

Unido a isso, o Governo Federal se comprometeu a fazer com que a nova edição do programa esteja mais atenta às questões ambientais e à transição ecológica.

Como o Novo PAC pretende fazer parcerias entre investimento público e privado para investir em projetos de infraestrutura no Brasil

O Novo PAC tem como objetivo fazer parcerias entre o investimento público e privado para impulsionar projetos de infraestrutura no Brasil uma vez que só o Estado não teria os recursos suficientes para investir na infraestrutura que o país precisa para se desenvolver.

Essas parcerias podem ser uma forma eficaz de mobilizar recursos financeiros, conhecimento técnico e agilidade na execução de projetos de grande escala. 

Aqui estão algumas maneiras pelas quais o Novo PAC pode implementar essas parcerias:

As parcerias entre investimento público e privado podem ser vantajosas, pois permitem que o governo aproveite os recursos e a experiência do setor privado, ao mesmo tempo que compartilha riscos e responsabilidades. 

Além do aporte proveniente do Orçamento da União, o Novo PAC contará com recursos oriundos de empresas estatais, financiamento disponibilizado por bancos públicos e contribuições do setor privado, englobando concessões e parcerias público-privadas (PPPs). 

A expectativa é que o montante total de investimentos alcance a expressiva marca de R$1,7 trilhão, distribuídos de forma a compreender R$1,4 trilhão no período de 2023 a 2026 e R$0,3 trilhão após o ano de 2026.

A distribuição projetada dos recursos abarca as seguintes proporções:

Vale ressaltar que o valor global não inclui uma quantia de até R$ 80 bilhões, conforme proposto pelo Ministério dos Transportes em relação a renegociações contratuais. Esse processo encontra-se em fase de aguardo pela aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) para a devida homologação.

Como o Novo Pac se assemelha a outros grandes projetos de infraestrutura de outros países de mundo

O “Novo PAC” brasileiro possui semelhanças com outros grandes projetos de infraestrutura em diferentes países ao redor do mundo. A busca por impulsionar o crescimento econômico, promover a sustentabilidade e atrair investimentos com parcerias entre o setor público e privado é uma tendência global. 

Destaco abaixo alguns exemplos de como o “Novo PAC” pode se assemelhar a iniciativas em outros países:

Em geral, essas iniciativas de diferentes países compartilham a ideia de que investimentos em infraestrutura podem impulsionar a economia, melhorar a qualidade de vida da população e promover a sustentabilidade ambiental. 

A potencial importância geopolítica do Novo Pac Brasileiro

O Novo PAC Brasileiro pode se tornar significativamente importante na geopolítica, especialmente em um contexto global onde várias potências estão fortalecendo suas infraestruturas e políticas de industrialização. 

Enquanto o setor privado geralmente busca oportunidades de lucro, o papel do Estado com sua visão mais estratégica de longo prazo se torna crucial na condução de investimentos em infraestrutura que podem impulsionar o crescimento econômico em várias frentes.

A expansão da infraestrutura não só gera empregos e estimula a atividade econômica direta, mas também melhora a conectividade interna e externa do país, atraindo investimentos estrangeiros e facilitando o comércio internacional. 

Isso, por sua vez, pode fortalecer a posição do Brasil como um parceiro comercial atraente e uma voz mais influente na arena internacional, facilitando acordos multilaterais.

Além disso, o Brasil, como parte dos BRICS (grupo de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), poderia fortalecer ainda mais o bloco, complementando o crescimento de outras nações dos BRICS e proporcionando um equilíbrio mais sólido no contexto geopolítico global.

No entanto, é importante notar que o sucesso do Novo Pac Brasileiro e sua influência geopolítica dependerão da eficácia da implementação e da gestão eficiente dos recursos. 

Além disso, a sustentabilidade e a consideração de questões ambientais também desempenham um papel vital nesse contexto, à medida que o mundo se volta cada vez mais para soluções sustentáveis em todas as esferas para lutar contra as mudanças climáticas.

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